quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

 

MEUS 88 ANOS CANTADOS NAS PEDRAS.

Luiz Ferreira da Silva, 88

luizferreira1937@gmail.com

 

Lembro-me do Bel, lá para os idos de 1953, que cantava as pedras de um bingo, na festa de Natal, na Praça da Faculdade (Maceió/AL) com muito humor e eficiência.

Quando terminava em zero como 50, dizia 5 de rombo. O 22 era cognominado de dois patinhos na lagoa. E assim ia metendo a mão na sacola e mandando ver com seu vozeirão à moda Jamelão da Mangueira.

Como tenho laços afetivos com esse “point” em minha adolescência, transformei os meus 88 anos (10-02-2025) em 8 patinhos na lagoa, com auxílio da aritmética elementar de Antônio Trajano; ou seja: (88:22=4) /4x2=8.

Por outro lado, se diz pedra 90 a uma pessoa forte, referindo-se a um mineral de alta dureza na escala mineralógica.

Também, madeira de dar em doido, fazendo ilação com a sucupira, alcunhando as pessoas rústicas, fortes e que não se dobram, como essa árvore d\a mata atlântica, de cerne escuro.

Acredito que todos aqueles que ultrapassam os 80 anos têm no seu DNA um pouco dessa fortaleza e, a depender do seu grau, podem ser, mais tarde, pedra 90 ou até mais.

Tudo depende da erosão “genealógica” interligada com a deterioração orgânica de cada um. Além de oportunistas doenças como o Alzheimer, dentre outras.

Só sei que atingi a de número 88, na expectativa de ser promovido no próximo ano. (Maceió, AL. 10 de Fevereiro de 2025).

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário