MEUS 88 ANOS CANTADOS NAS PEDRAS.
Luiz Ferreira da Silva, 88
Lembro-me
do Bel, lá para os idos de 1953, que cantava as pedras de um bingo, na festa de
Natal, na Praça da Faculdade (Maceió/AL) com muito humor e eficiência.
Quando
terminava em zero como 50, dizia 5 de rombo. O 22 era cognominado de dois
patinhos na lagoa. E assim ia metendo a mão na sacola e mandando ver com seu
vozeirão à moda Jamelão da Mangueira.
Como
tenho laços afetivos com esse “point” em minha adolescência, transformei os
meus 88 anos (10-02-2025) em 8 patinhos na lagoa, com auxílio da aritmética
elementar de Antônio Trajano; ou seja: (88:22=4) /4x2=8.
Por
outro lado, se diz pedra 90 a uma pessoa forte, referindo-se a um mineral de
alta dureza na escala mineralógica.
Também,
madeira de dar em doido, fazendo ilação com a sucupira, alcunhando as pessoas
rústicas, fortes e que não se dobram, como essa árvore d\a mata atlântica, de
cerne escuro.
Acredito
que todos aqueles que ultrapassam os 80 anos têm no seu DNA um pouco dessa
fortaleza e, a depender do seu grau, podem ser, mais tarde, pedra 90 ou até
mais.
Tudo
depende da erosão “genealógica” interligada com a deterioração orgânica de cada
um. Além de oportunistas doenças como o Alzheimer, dentre outras.
Só
sei que atingi a de número 88, na expectativa de ser promovido no próximo ano.
(Maceió, AL. 10 de Fevereiro de 2025).
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