LIVRO ALUSIVO AOS MEUS 88 ANOS
LUIZ
FERREIRA DA SILVA |
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A
FORÇA DA PALAVRA LETRADA ILUMINANDO A MINHA ESTRADA, NESTES 88 ANOS BEM VIVIDOS. 2025 (Capa provisória) |
Em junho próximo, lançarei esse livro composto
de 88 crônicas que selecionei dentre os meus escritos, as quais expressam em
forma de palavras letradas, a minha maneira de fertilizar a mente, pós
aposentadoria, na expectativa ademais de ser útil àqueles que chegaram aos 60,
idosos iniciantes.
Finalizei com o capítulo abaixo, aqui inserido
para dar uma ideia do que a obra representa, sobretudo, para mim e para a minha
família, e, “en passant” para os leitores de um modo geral. (Maceió, AL, 19.02.2025)
CAPÍTULO
LXXXVIII
CONSIDERAÇÕES FINAIS
(Página 183)
A
sociedade coloca no rol dos idosos todos aqueles que chegam aos 60 anos.
Trata-se de uma faixa etária do chamado lusco-fusco, o instante crepuscular,
entre o fim do dia e o começo da note. Em outras palavras, inicia-se a redução
do fulgor do sol incidente, catalisador por excelência das energias orgânicas,
externadas pelo vigor da vida.
Agora,
um novo horizonte se vislumbra, exigindo adaptar-se às limitações que começam a
dar sinais. Por outro lado, há uma história a se consolidar, fincando os pés no
duro chão da vida, de modo a corrigir possíveis rompantes da juventude e
estabelecer um manual que foque na distribuição de bônus para todos que lhe
cerca.
Léo
Batista que, recentemente, empreendeu sua viagem estelar, nos deixou uma bela
lição – “só morre de verdade, quem nunca mais é lembrado”. E acrescento; só com
pegadas altruístas deixadas por onde passa, se consegue deixar lembranças
eternas.
Feito esse introito e já tendo ultrapassado 8
décadas, um novo impulso me empurra para a frente, oriundo de um projeto que
estabeleci tempos atrás, quando estipulei a meta de ter um filho com 50 anos de
idade. Isso aconteceu em 2015, quando
fiz 78 anos. E
não é que gostei da ideia e a estendi por mais uma década! Luiz, nosso
primogênito, entrou no rol dos idosos (60 anos), em 23.06.2025.
Dessa
forma, eu e Airma temos um filho que, além de amigo, é nosso colega etário; ou
seja, idoso, também. Uma dádiva de Deus, pois!
Aproveitando
o contexto, insiro aprendizagens neste longo curso da vida que servirá a ele e
demais sessentões:
*.
Ninguém faz nada sozinho, porém não se deve ser dependente no sentido da
acomodação e até exploração das pessoas, mas, sim, interdependente, que é a
regra da construção da vida, caminhando juntos, porém sem sobrecarregar a quem
lhe estende as mãos.
*.
Temos que dar para receber; em mão dupla, porém sem o sentimento da troca, mas
da gratidão.
*.
Crescer sempre, explorando o talento disposto, atingindo o máximo de si mesmo,
para o qual o trabalho digno há de prevalecer. Ou seja, ser o campeão e si
mesmo.
*.
Deixar marcas positivas por onde passa, cujas pegadas vão ser transformadas em
lembranças ad eternam. “Lembrar-se de um momento marcante é se rejuvenescer
constante” .
*
Priorizar a família, investindo na educação doméstica, nos estudos e nos
princípios do bem-estar, compartilhados com a consorte.
Esses
princípios nortearam a minha vida e facilitaram a edificação da família, de
mãos dadas com a Airma, companheira de 61 anos de matrimônio (22.06.2025).
Reclamar
do quê? Vivendo e gostando até que o relógio da vida acabe a sua corda, sem que
jamais se sobrecarregue os seus ponteiros, procrastinando sempre o seu”
tic-tac”.
oOo