OS
BIRUTEIROS
Luiz
Ferreira da Silva, 88
Quando
uma pessoa muda de opinião ao sopro do vento, girando como se fosse uma biruta
de aeroporto, diz-se que ela vive impulsionada pelas ondas, “mutatis mutandi”.
Eu
acompanhei o Lula sendo alcunhado como o gênio do mal, como se fora a Geni de
Chico Buarque. A PF, a PGR, o STF e o mundo inteiro a descobrirem tantas
falcatruas, culminando na sua condenação.
Seus
opositores vibravam e ninguém punha dúvidas nessas Instituições, aplaudindo-as,
diferentemente dos seus correligionários que juravam de joelhos no milho da
honestidade do seu líder.
A
biruta virou e ele foi substituído por Bolsonaro, a bola da vez. As mesmas
Organizações no mesmo diapasão, apontam para uma possível condenação, para
alegria inversa.
E
a biruta endoidou. Os que, antes, aplaudiam aqueles Homens, tidos como justos,
agora os tem como parciais e conjuminados numa armação, esbravejando sem
comedimento.
E
com as bobagens da cibernética é muito difícil se separar o joio do trigo.
O jeito é
tentar o equilíbrio; nem muito ao céu e nem muito à terra. Pensar, dar
trabalho, mas é preciso!
O
que acontece com o ser humano? Só se pode ajuizar pelo lado da paixão, quando muitos
se acerbam e a luz se anuvia, surgindo o efeito manada. (Maceió, AL,
28.02.2025).
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