terça-feira, 2 de abril de 2024

INTERAÇÂO FITO-ECOLÓGICA

 

MINHA PRIMEIRA ÁRVORE

Luiz Ferreira da Silva

luizferreira1937@gmail.com

 

Em 23 de dezembro de 1962, nos jardins do prédio central da Universidade Rural do Brasil – hoje, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – plantei com meus colegas de turma, um ipê que completou 61 anos no ano passado.

Estava, assim, carimbado como defensor das árvores, levando essa conscientização para a vida profissional iniciada em 1963, quando fui recebido pelo imponente pé de cacau, criando um visgo, até hoje grudento.

Na Estação experimental Gregório Bondar, por força de estudos edafológicos, plantei e cuidei de várias espécies da mata atlântica – jacarandá, vinhático, sapucaia mirim, imbiriçu, como exemplos – acompanhando o seu desenvolvimento por muitos anos.

Depois de aposentado, em um condomínio na Barra de São Miguel/AL, com as crianças das escolas públicas, plantamos no período 2011/2018, mais de 100 árvores, destacando-se um “sítio” só de palmeiras do ecossistema local. Adicionalmente, implantei um bosque de espécies da mata atlântica em reverência a uma massarandubeira centenária pré-existente.

Nas vezes que plantamos árvores devemos fincá-las também nos nossos corações, a fim de criar um elo interativo salutar, em mão dupla, que permanecerá por toda a nossa vida.

Para tal, plantar e acompanhar o seu crescimento, estando presente nas fases requeridas, procurando saber, em linguagem “fito-telepática” as suas necessidades, desde carência nutricional à proteção de inimigos naturais. Em contraposição, ela devolve em energias que ultrapassa os limites do seu nicho. (Maceió, 02/04/2024)

 

 

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