X. POST SCRIPTUM
A CHEGADA DA VASSOURA DE BRUXA
Terrorismo biológico?
(Do livreto – PROPOSTA PARA REATIVAR A CACAUICULTURA NACIONAL, versão 2;
2022. Luiz Ferreira da Silva e José
Carlos Castro de Macedo).
Para um alerta a toda agricultura do nosso país, é
pertinente comentar sobre a infestação do cacau pela vassoura-de-bruxa, quando
a Bahia era indene.
Malgrado os esforços da CEPLAC, através da CAVAB
(Campanha de Controle da Vassoura-de-bruxa), implantada em 1978, com a
finalidade de evitar a contaminação dos cacauais baianos, a doença chegou
devastadoramente, em pontos dispersos, coincidentemente em maciços cacaueiros
pujantes.
Analisando diversos fatores que poderiam contribuir
para a chegada do temido esporo, a conclusão aponta pelo “vetor humano”, ou por
ignorância, negligência ou por ação deliberada. Em outras palavras, ato
criminoso, talvez.
Relembremos a reportagem da Revista VEJA
(21.06.2006) – TERRORISMO BIOLÓGICO – em cujo teor havia várias acusações contra
pessoas, atribuindo-se a elas a disseminação do mal.
No mesmo tom, com riqueza de detalhes, Dilson
Araújo editou o vídeo O NÓ, ATO HUMANO DELIBERADO, sociabilizando mais de 5.000
cópias, atingindo diversas Instituições e o Poder Público. Um documento de
fôlego, consubstanciando em dados, informações convergentes e depoimentos de
pessoas que foram atingidas em suas atividades com a lavoura.
Teria sido um ato criminoso? Essa é a linha
defendida por praticamente toda a região cacaueira, que até mereceu uma
investigação da Polícia Federal.
Entretanto, como sói acontecer no nosso país, mesmo
com os prejuízos incomensuráveis, atingindo os três setores da economia, sem se
falar na ecologia, com o homem no epicentro da tragédia (produtores e
trabalhadores rurais), houve um “pacto de esquecimento”.
Ninguém mais comenta não se tenta reabrir a
investigação e tudo fica letárgico.
Talvez a Polícia Federal, à época, não dispusesse
de instrumentos complexos de inteligência investigativa, diferentemente de
hoje, quando ela age em consonância com o Ministério Público Federal, Receita
Federal e a Procuradoria Geral da República, a exemplo da Operação Lava Jato.
Dessa forma, é fundamental que se reabra o caso, no
sentido de desvendar tal mistério, pois o interesse em esclarecer ultrapassa os
umbrais do Sul da Bahia, haja vista a salvaguarda de outros cultivos, a exemplo
do café ou do dendê, que, de repente, por sabotagem, podem também ser
contaminados por fungos, bactérias, vírus ou insetos alienígenas.
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