A Natureza deu ao homem uma planta que lhe fornece bens, do chocolate ao "dindim", mantendo o ambiente que lhe é afeto. Primeiramente, é capaz de conviver com irmãos da floresta, num processo de comensalismo, em prol da conservação das espécies, do solo, da água e dos acidentes geográficos.
Fecham as suas copas, criando um túnel chamado "bate folha", absorvendo a luz solar para seu laboratório de carboidratos, ao tempo que evita que ela chegue aos seus pés, prejudicando as suas raízes e seus consorte micro-organicos, a biofabrica vital à capa orgânica do solo, evitando a erosão.
Assim o ambiente é protegido das gotas erosivos das chuvas que distribuem suas águas por todo sistema ecológico, alimentando a rede hídrica, sem causar danos nas encostas.
Como pode se manter produtivo sem se esgotar e nem ao solo, nesta paridade com a floresta raleada, espécies como a massaranduba, o jequitibá, o ipê, o vinhático e até o majestoso jacarandá sobrevivem, constituindo-se repositórios de sementes para a sua perpetuação.
O Sul da Bahia é um fantástico exemplo desta agricultura conservacionista, através da qual manteve intactos os relevos declivosos, os "covoados" profundos e a drenagem dendrítica em filetes hídricos de mesma cota.
Isso é suficiente para se exigir a recuperação desta região. É uma questão, além de tudo, ecológica. A manutenção de um patrimônio agroambiental nacional.
Isso não quer dizer que não haja nichos em que se plante também cacau com tecnologias avançadas, em outros biomas, com visão economicista. Mas, jamais excludente.
Concluindo: CACAU, UM BEM DA NATUREZA PARA PROVEITO DO HOMEM E CONSERVAÇAO DO MEIO ÚMIDO TROPICAL.
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